Tradição através da Pisada
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Ouvi falar muito da Casa Grande, de suas estruturas, de sua alma, suas crianças e toda sua capacidade de transformação por meio de experiências aqui vivenciadas. Durante o processo de renovação, tudo isso sendo intensificado pelo desejo mútuo de continuar fazendo parte deste meio integrador e receptivo, permitindo que, todos os envolvidos modifiquem a casa em igual proporção que são modificados pela mesma.
Fiquei sabendo que uma das disciplinas do semestre 2018.2 da professora Andrea tinha como objetivo final vir a Nova Olinda para a fazer toda a cobertura da renovação de 26 anos da Casa Grande, não estava matriculado nesta disciplina em específico, já havia cursado ela inclusive, mas não poderia deixar de perder esta oportunidade, passei o semestre todo atentando o juízo da professora. Consegui. Estou aqui, sendo comovido por tudo o que vem acontecendo.
Na noite de ontem ocorreu a apresentação das Meizinheiras do Sopé da Chapada do Araripe, mulheres agricultoras que contam suas histórias de vida e os saberes de suas mães e avós que remontam os conhecimentos e tradições de grupos indígenas e expressam suas crenças por meio da dança do coco e cânticos populares. Trouxeram juntamente com o Grupo das Fuxiqueiras da Chapada uma banca para venda repleta de remédios, produtos naturais e artigos de fuxico.
Foi encantador ver a disposição, a vontade, o amor que elas demonstraram durante toda a apresentação e ver emanar delas a cada palavra cantada, cada passo de dança executado, toda sua força, determinação e desejo de compartilhar com todo o mundo um pouco de suas vidas.
Ainda bem que atentei muito a professora para vir nessa expedição, não viver tudo isso que estou vivendo aqui seria uma grande perda no meu banco de memórias pessoal.