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Grupos de tradição popular alegram tarde de Nova Olinda


Reunindo 13 grupos, variando entre bandas cabaçais, reisado e bacamarteiro, o cortejo dos grupos de tradição popular acontece na tarde desta terça-feira, 19, saindo da sede da Fundação para as ruas de Nova Olinda, fazendo parte da programação de comemoração dos 25 anos da Fundação Casa Grande Memorial do Homem Kariri.

Adriano Pereira da Silva ou, como é conhecido, Adriano Aniceto, faz parte da Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, que compõe o cortejo. Com seus duzentos anos de história, a banda já conta com a sua quarta geração de músicos, que trabalham diretamente para a manutenção do folclore da região do Cariri.

“Esse grupo começou com meu bisavó e, desde então, é passado de pai para filho. Na nossa primeira apresentação, aqui na Casa Grande, era tudo diferente, tudo era mato.”, afirma Adriano. Quando questionado sobre o interesse dos jovens para a cultura tradicional da região, ele afirma que “por sermos chamados para as escolas, para dar aula, muitos jovens passaram a se interessar por nossa cultura”, ele diz.

Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto

Em novembro do ano passado, a Universidade Estadual do Ceará concedeu o título de Notório Saber em Cultura Popular para os Mestres da Cultura do Ceará, durante X Encontro Mestres do Mundo, na Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (Fafidam), campus da UECE em Limoeiro do Norte.

Fabiano dos Santos Piúba, secretário de cultura do Ceará, declara que esse título permite que os mestres venham a ser remunerados por espetáculos, debates, oficinas, aulas e apresentações. Além disso, 80 Mestres da Cultura já são beneficiados com um salário mínimo, por lei sancionada pelo governador Camilo Santana em maio deste ano.

Amor e experiência

Cortejo é festa e não é só festa. É celebração, tiro pro alto, criança perdida no meio da dança. Donas de casa sorrindo em suas portas, motos que passam por dentro e param, mestres, roupas coloridas e máscaras.

Cortejo é acompanhar o cortejo, é se perder sabendo que o próximo passo vai dar em outro mundo, e mais outro, até passar por toda uma cultura de gerações, que de tão vivas, gritam. É esquecer pai e mãe, extinção da realidade física, se entregar nas bifurcações e veredas da cidade, assumindo que nada mais importa.

Mais cedo, ao comentar sobre a história de amor que é a Casa Grande, o secretário de cultura disse: “É uma casa de formação e sobretudo de experiência. Experiência é aquilo que nos toca, é aquilo que nos passa, que nos atravessa."

Hoje eu fui atravessado pela cultura do meu próprio estado.


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